Presença e situação: investigar, agir, avaliar, replanejar

Começamos a aula (oitavo encontro) retomando a memória da oficina que realizamos na semana anterior.

Para já implementar um novo processo de documentação mais ágil. Criamos um “pad” online e disponibilizamos dois computadores conectados à internet para editar simultaneamente a “ata” da aula. COm outro computador fazíamos projeto da ata escrita em tempo real. Convidados dois estudantes para ajudarem na documentação em sala (Daniel e Neri). Neste link, é possível ver o registro que foi feito durante a aula: https://pad.riseup.net/p/labcom-aula8

Henrique retomou a atividade da semana passada e socializou com todos os alunos sobre a intervenção com a Letícia.
Nery falou um pouco sobre suas impressões da atividade daquela aula (Mas não consiguiu registrar o que falou)

Henrique buscou trazer aspectos do que os colegas escreveram a partir da pergunta: Como o “comum” te inquietou / perturbou / tumultou neste percurso?”

==Nosso diagnóstico:==

-presença intermitente em sala de aula
-há problemas na montagem dos grupos: não habitamos devidamente o problema.
-Conceito do Comum não está suficiente assentando.
-pouco colaboração distribuída entre os estudantes no extra-sala.
-sentidos do comum ainda estão pouco sedimentados.
-necessidade de termos um canal mais ágil de comunicação.

==Diagnóstico dos estudantes:==

-melhorar a dinamica de documentação, tem que ser mais ágil, mais fresca, mais distribuída, e mais heterogênea.
-tem que ter mais tempo de trabalho coletivo em sala.
-organizar o tempo em sala
-fortalecer a dimensão sala-comum (ao invés de especializar a discussão em grupos pequenos)
-a Universidade como o Comum.

Sugestões dos estudantes para esses problemas:
-tentar fazer uma escrita mais ágil e colaborativa em sala.
-uso do Google-docs
-diário de bordo mais contínuo.
-estabelecer mais discussão em sala entre os grupos.

Iniciamos com os diagnósticos. Metanarrativa – essa discussáo da forma de se fazer um comum dentro da sala de aula ocorre dentro da experiencia de fazer um laboratório do comum.

Só foi possível fazer uma avaliação do percurso do curso porque estamos pensando na lógica do comum. É um processo de realocação e co-responsabilidade, co-dependência. Interrogar-se: o que eu tenho a ver com isso?

A experiencia da universidade e suas dificuldades como comum: A vida na universidade é afetada pela vida fora da universidade, assim trouxemos o mapa das vulnerabilidades.

Para sustentar essa experiência precisamos de algumas convenções / protocolos – também de dimensóes materiais (infraestruturas), como a própria sala de aula. Somos uma comunidade não-identitária, numa dimensão cognitiva, epistêmica.

A constituição dos grupos: formados a partir de práticas habituais aqui na Universidade, dentro de uma aula / prática diferenciada. Na opinião do professor, após 2 semanas, não funcionou. Algumas coisas apareceram como ruído, nessa proposta de grupos.

Os grupos:

  1. Saúde/Gênero/Raça
  2. Banheiro
  3. Cultura/Cidade —- Virada Cultural
  4. Informação —- Fake News
  5. Antropoceno / Autoridade de conhecimento

==Nova Proposta==

Fio condutor

Problema: a experiência Universitária enquanto um Comum é dificil de se concretizar.
Como sobreviver num cenário de desabamento e crises?
Como fazer a travessa da experiência universitária?
Como nos fortalecemos?
Como produzir Comum?

Projeto:
Realizar uma investigação coletiva sobre as Ameaças e Estratégias, Alternativas, Escapes, as Curas possíveis.

Produzir um Mapa-Cartografia coletiva => esse é nosso protótipo.
Criar uma exposição-instalação no campus e/ou publicação gráfica ao final do curso.

4 encontros (aulas, 9.10,11 e 12)
A cada aula possamos trabalhar coletivamente sobre um mesmo problema, sob duas perspectivas: ameaças x estratégias-alternativas

-Ter uma produção individual extra-sala; ou em pequenos coletivos.
-Essa produção vai ser discutida em sala à luz dos textos indicados.
-Que produção: tornar tangível, visível o Comum, na sua relação com o tema.

Para cada aula vamos trabalhar uma linguagem diferente

Documentação em sala de forma rotativa => uso do Pad online na sala.

Organizar coletivamente a curadoria do material.

Corpo – AULA 9
Cidade – AULA 10
Digital – AULA 11
Multinaturalismo – AULA 12

((((CORPO) CIDADE) TICS/Digital) ANTROPOCENO)
Focaremos em cada um dos temas por aula, em uma tentativa de atravessar e conectar os temas para exercitar a coletividade e o comum.

Vitor: E se coletivamente chegarmos numa leitura fatalista? Exemplo a partir do texto da semana passada, em que a visão do Benjamin não é tão otimista?

Alana: Por isso pensmaos em cada aula termos um duplo movimento. Em que o primeiro deles é reconhecer a vulnerabilidade, a catástrofe. Onde o corpo não aguenta mais? Onde sou atravessada por ese mundo, na minha diferença? Mas o segundo momento, a partir do reconhecimento, qual seria o escape, a fuga?

Henrique: É uma aposta no mundo, como princípio de conhecimento. Não é algo acabado, é um manancial de potências, arranjo de forças possíveis dentro de uma determinada situação. Exemplo: o virtual não está em oposição ao real, mas sim ao atual. Não é uma desrealização, como o social pode produzir a realidade.

SImondon e os processos de individuacao – individuo é habitado pelo pré-individual e o supraindividual.

É possível falarmos sobre uma ciência alegre? Do ponto de vista ético-político (trecho da Stengers no final do texto do Henrique).

Juliana: Estamos saindo da abstração para a realidade. A única vejo como comum a nós é a universidade. Exemplos: a mulher negra na universidade, a questão de Guarulhos.É uma sugestão. Outra sugestão é tirarmos uma foto.

Denise: E se fizermos algo como uma intervenção no espaço, banheiro, por exemplo?

Henrique: a cada aula fazermos um exercício de investigação e produzirmos algo para compor uma instalação, exposição, para apresentar ao final do curso.

Desafio: como transformar essa producao do comum em algo visível?

Registros:
Corpo – fotografia
Cidade – cartografia
Digital –
Antropoceno –

Henrique: É uma forma de todo mundo voltar a falar de tudo.
Sugestão: Pensar o corpo (trabalho reprodutivo, saúde). A ideia é que possamos fazer dois registros: onde meu corpo não aguenta e onde eu me curo, me fortaleço?

Alana: Como pensamos o comum sem apagar as nossas diferenças? Como pensamos o comum com as nossas diferenças? Trazer esse material para a ula, a partir de uma produção extra-sala. Ao final o acervo vai ser montado numa exposição, numa intervenção.

Juliana: Pensei mais em uma resolução da situação, por exemplo, mapear centros terpêuticos em São Paulo e entregar para as pessoas.

Henrique: Como melhoramos o comum de uma forma mais prática?

Alana: O formato final pode conter o trabalho específico e o trabalho coletivo produzido pela / na sala.

Henrique: O que voces acham dessa ideia?

Juliana: Como vamos apresentar isso na semana que vem?

A ideia é trazer de 2 a 6 fotos para a próxima aula, formato digital. Que digam a respeito de vulnerabilidades e de Alternativas / cura.

Mila: A foto precisa ser autoral?

Henrique: Seria legal produzir a sua, fazer o exercício de fabricar uma imagem.

Alana: As aulas vão ter um texto de apoio e dialogue com a discussão do texto e com o acúmulo coletivo da discussão da classe.

FOTOS/CORPO
1.

  • O que meu corpo não aguenta mais?
  • Como dói
  • Vulnerabilidade
    2.
  • Escapes
  • Saídas
  • Curas
  • Respiros

Vitor: Por interesse, é possível pensar sobre roupas?

Henrique: Você precisa falar em imagens.

Alana: Parâmetros. Acordos com o comum. Quais as marcas que trazemos no corpo para habitar a Universidade. Tem um texto também que dá sustentação para essas fotos.Textos: A transformação do silêncio em linguagem em ação e A teoria como prática libertadora.

Mila: Como se daria a dinâmica da aula?

Henrique: Discutir os textos a partir das fotos trazidas? Precisamos receber as fotos e projetá-las.
Podemos fazer um grupo de comunicação mais ágil?
Resposta da sala: Sim, no whatsapp. Henrique vai mandar o link por e-mail e as pessoas vão entrando no grupo.

Observação: as fotos dessa primeira atividade não devem ser enviadas pelo whatsapp, para não perdermos o elemento surpresa.
As fotos devem ser enviadas para o e-mail do Henrique: henrique@pimentalab.net. Quem não conseguir enviar, trazer no dia da aula, mas buscar chegar cedo e baixar no computador do Henrique antes da aula (19h30).

Henrique perguntou se temos um acordo para essa reorganização das atividades da sala?
Resposta da turma: Sim.

Não teremos mais os registros em texto e para cada aula teremos sim várias formas de registrar para cada tema, visando também uma produção final.

Leitura da parte final do texto proposto para a aula.