Travessias

Link para mapa dos deslocamentos: https://henriqueparra.carto.com/builder/30fc7a92-2f89-427a-8336-4d776a9e1838

Em média, quantos minutos você leva nos deslocamentos diários, entre sua casa, trabalho, universidade?

Minutos:

360
360
180
370
180
180
290
90
300
210
300
240
90

E se você morasse de outro jeito? E se fosse trabalhar de outra forma ou num outro lugar? E se você pudesse estar na universidade de outra maneira? E se você pudesse “habitar” a cidade de outra forma? Imagine outra forma de habitar a cidade, a universidade e como se deslocar por ela. Como seria a relação entre a cidade e a universidade que você habita?

Mais proveitoso! Uma das questões que me intristessem no tempo de locomoção é ter menos tempo para dormir e menos tempo para estudar. O estresse de pegar o horário de pico na ida e na volta acabariam se eu morasse num meio caminho entre a faculdade e o local em que trabalho.

Com muitas linhas de trem e metrô

Devido a cidade ser muito ampla e a especulação imobiliária grande, os locais de trabalho e moradia são contrários. Junto à isso, há a questão do transporte que dificulta ainda mais nossos trajetos. Como o tempo gasto no transporte é grande no dia a dia, estar no transporte não é habitar a cidade, não é sequer apreciar a vista do trajeto, torna-se um fardo. Se os meus pontos de deslocamento são fossem tão dispersos uns dos outros, grande alívio já teria, de tempo e velocidade da mente.

Gostaria de caminhar por ruas arborizadas até chegar na Escola onde trabalho. Gostaria que no entorno da Escola houvesse estação de trem que tivesse como destino o bairro dos Pimentas. Mas não abriria nunca mão da visão ao longe e frontal do Pico do Jaraguá que tenho de minha janela. Mas gostaria de poder em todo lugar da cidade avistar essa montanha verde e lembrar que sou daquele “pedaço””

Seria virtual, com atividades diversificadas / vivências pelas cidades (outros espaços) e espaço aberto aos finais de semana.

Mais leve

Poderia participar de mais atividades da universidade, poderia utilizar mais os espaços da universidade, como a biblioteca.

Eu não gosto de Guarulhos, tenho um apego emocional pela cidade em que cresci. Se eu estudasse no campus da unifesp em Diadema eu passaria mais tempo na universidade, eu frequentaria mais vezes os encontros com meu orientador e os demais orientandos para discutir nossas pesquisas e textos, eu teria uma maior perspectiva de fazer um mestrado, não desejaria parar de estudar, eu faria parte de outras atividades na faculdade como as oficinas do pimentas encantadas, oficinas de atividades para integrar estudantes e moradores, apresentar a universidade pública aos moradores de Diadema, tentaria levar os meus alunos para conhecer a universidade. Eu teria mais tempo para ler os textos, desenvolver trabalhos melhores, não chegaria as aulas cansada e estressada, resultado de horas no transporte, no trabalho e com poucas horas de sono, eu viveria em sua totalidade a experiência de ser uma universitária…

Outra totalmente. Morando proximo à universidade, é possivel ter outra universidade. Fora o desgaste e tempo dispendido com transporte, participaria de fato das coisas que acontecem, e minha vivencia principal seria no entorno da universidade.

Seria uma relação mais leve e menos cansativa.

A relação com a cidade seria diferente, na medida, em que é possível ver por onde se passa. Utilizar modais como o metrô e o trem, que muitas vezes cortam paredes, impedem de se olhar para o lado. Assim as regiões parecem iguais, com os mesmos serviços e franquias. Morar mais perto ou ter uma deslocação mais curta, possibilitaria perceber atividades locais em ruas que não foram feitas para carros.

Acredito que outra forma de habitar ou morar, no meu caso, não passaria por uma questão física, mas psicológica e mental. Deslocamentos sempre serão um problema para um cidadão comum, todavia, principalmente no meu caso, quando e SE houver uma paz psicológica, espiritual e mental, tudo fica tranquilo e acertado.

Não há dúvidas quanto ao fato de que habitar regiões regiões afastadas do centro, implica em obstáculo ao acesso de uma série de serviços públicos como saúde, educação, cultura. Parece haver uma estrutura que garante que a população pobre ficará restrita ao seu lugar: a periferia. Dentre os itens que parecem fazer parte dessa estrutura o sistema viário e de transporte ocupam papel importe na manutenção da periferia como o espaço da cidade destinado à população pobre. O retorno de bonsucesso é um bom exemplo para falar de planejamento de mobilidade urbana. Há pelo menos 20 anos passa por manutenção e a questão da facilitação ao acesso à Dutra sentido SP não foi resolvida, bem como o sistema de transporte público que é caro, desumano e ineficiente.